Mesmo lenta, vacinação aponta para queda de mortes por covid-19 no Brasil.

Queda na média geral de mortes por covid-19, desaceleração nas internações, diminuição de óbitos entre os idosos. Depois de cinco meses e meio do início, a vacinação começa a apontar indícios de que está fazendo efeito na melhoria dos indicadores no Brasil, apesar de os índices gerais da pandemia seguirem em patamares altos.

Médicos alertam, no entanto, que a pandemia está longe de acabar. Ao comparar os óbitos da pandemia no ano passado, antes do início da imunização, em 17 de janeiro, com os deste ano, vê-se uma redução progressiva da participação dos grupos protegidos no percentual de mortes. Em junho de 2020, idosos com 60 anos ou mais somavam 77% dos óbitos por covid-19 cadastrados no Registro Civil. A faixa etária mais atingida era dos 70 a 79 anos, com uma a cada quatro mortes (25,5%). Em junho deste ano, a pirâmide desceu. As faixas de 60 anos ou mais tornaram-se minoria (45,7%). O intervalo de idade com mais registros mudou, então, para 50 a 59 anos, que ainda estava em processo de vacinação, com 27% dos óbitos. A taxa caiu faixa de 25,5% para 13,6% entre pessoas com 70 a 79 anos, praticamente todas imunizadas.

Os cuidados, porém, não devem ser ignorados, mesmo por quem já completou o ciclo de vacinação.

Segundo estudos sobre a viabilidade das vacinas contra a doença, a imunização contra o vírus só vai ser obtida 15 dias após a administração da segunda dose. Independente de estar, ou não, imunizado contra o novo coronavírus, a verdade é que não será possível abandonar as máscaras tão cedo, uma vez que depois de receber as suas doses, a pessoa tem menos chances de ficar doente com a Covid-19, mas, em contrapartida, ela ainda pode transmitir a doença.

É por essas e outras que uma orientação permanece sólida: enquanto não tivermos boa parte dos brasileiros imunizados, é preciso continuar seguindo os cuidados do “novo normal”: usar sempre a máscara quando sair, caprichar na higiene das mãos e evitar aglomerações.