A vitamina D \u00e9 essencial para diferentes fun\u00e7\u00f5es do organismo. Seu principal papel \u00e9 na regula\u00e7\u00e3o do metabolismo do c\u00e1lcio e do f\u00f3sforo. Ela tamb\u00e9m tem a\u00e7\u00e3o no sistema imunol\u00f3gico, controle de press\u00e3o arterial e participa dos processos de multiplica\u00e7\u00e3o e diferencia\u00e7\u00e3o celular. Ela possui mais de 900 genes-alvo potenciais, correspondendo a cerca de 3% do genoma humano.<\/p>\n\n\n\n
Por\u00e9m, apesar de sua import\u00e2ncia para a homeostase de nossa sa\u00fade, a preval\u00eancia de sua defici\u00eancia \u00e9 alarmante. No Brasil, aproximadamente 77% dos adultos, inclusive, mulheres, t\u00eam menos do que 20ng\/mL de vitamina D circulantes, o que \u00e9 considerado defici\u00eancia. Os principais fatores de risco para hipovitaminose D s\u00e3o: envelhecimento, priva\u00e7\u00e3o de Sol, tabagismo, polui\u00e7\u00e3o, alguns medicamentos e outros.<\/p>\n\n\n\n
A literatura cient\u00edfica tem diversos estudos associando a suplementa\u00e7\u00e3o de vitamina D a diversos aspectos da sa\u00fade da mulher, e n\u00f3s separamos aqueles mais comuns nas diferentes fases da vida:<\/p>\n\n\n\n
S\u00edndrome dos Ov\u00e1rios Polic\u00edsticos<\/u><\/strong><\/p>\n\n\n\n Muito prevalente, a S\u00edndrome dos Ov\u00e1rios Polic\u00edsticos (SOP) consiste em um somat\u00f3rio de altera\u00e7\u00f5es e sintomas, como aumento da testosterona, hirsutismo, ov\u00e1rios com m\u00faltiplos cistos, pouca ou aus\u00eancia de ovula\u00e7\u00e3o, aumento de peso, resist\u00eancia \u00e0 insulina e outros. Uma metan\u00e1lise, conduzida por Lagowska et al. (2018), avaliou os efeitos da suplementa\u00e7\u00e3o de vitamina D em pacientes com SOP e concluiu-se que as mulheres que faziam uso do suplemento tinham melhora da sensibilidade \u00e0 insulina, principalmente com melhora do HOMA-IR e da glicemia de jejum. Um estudo duplo-cego randomizado, realizado por Jafari-Sfidvajani et al. (2018), avaliou a suplementa\u00e7\u00e3o de vitamina D isolada ou associada com uma dieta hipocal\u00f3rica em mulheres com SOP (e ainda havia o grupo placebo). Os resultados foram obtidos em ambos os grupos: os dois grupos que receberam a suplementa\u00e7\u00e3o de vitamina D tiveram regula\u00e7\u00e3o do ciclo menstrual, redu\u00e7\u00e3o de peso e circunfer\u00eancia de cintura.<\/p>\n\n\n\n Tens\u00e3o Pr\u00e9-Menstrual<\/u><\/strong><\/p>\n\n\n\n Com mais de 200 sintomas associados, como ansiedade, estresse, ins\u00f4nia, dor nas mamas, altera\u00e7\u00e3o no padr\u00e3o alimentar, depress\u00e3o, incha\u00e7o, dificuldade para concentra\u00e7\u00e3o, fadiga, redu\u00e7\u00e3o da libido, irritabilidade e outros, a Tens\u00e3o Pr\u00e9-Menstrual (TPM) \u00e9 muito comum nas mulheres no per\u00edodo f\u00e9rtil. Costuma iniciar, em um ciclo de 28 dias, normalmente, nos 10 primeiros que antecedem \u00e0 menstrua\u00e7\u00e3o. Um estudo conduzido com brasileiras demonstrou que 91,7% das 60 avaliadas, com idade entre 21 a 28 anos, tinham TPM. Bahrami et al. (2018) avaliaram a suplementa\u00e7\u00e3o de vitamina D em 897 adolescentes com TPM, por 9 semanas, e conclu\u00edram que o grupo que recebeu a interven\u00e7\u00e3o teve redu\u00e7\u00e3o significativa nos sintomas de TPM.<\/p>\n\n\n\n Menopausa<\/u><\/strong><\/p>\n\n\n\n Menopausa \u00e9 o nome dado ao per\u00edodo no qual as mulheres t\u00eam a sua \u00faltima menstrua\u00e7\u00e3o, que ocorre, normalmente, na idade entre 45 a 55 anos. Diversos s\u00e3o os sintomas inerentes \u00e0 menopausa, como fogachos, ins\u00f4nia, redu\u00e7\u00e3o do humor, perda de libido, altera\u00e7\u00e3o da mem\u00f3ria, entre outros. Al\u00e9m disso, h\u00e1 aumento do risco de desenvolvimento de algumas doen\u00e7as, como osteoporose, doen\u00e7as cardiovasculares e obesidade.<\/p>\n\n\n\n Um estudo feito por Schmitt et al. (2018) avaliou a defici\u00eancia de vitamina D em mulheres p\u00f3s-menopausadas e a associa\u00e7\u00e3o com s\u00edndrome metab\u00f3lica. No estudo, todas as 463 mulheres p\u00f3s-menopausadas, entre 45 a 75 anos, foram avaliadas, e o grupo que tinha sufici\u00eancia de vitamina D era aquele com menor preval\u00eancia de s\u00edndrome metab\u00f3lica, menores concentra\u00e7\u00f5es de insulina de jejum, colesterol total e triglicer\u00eddeos e maiores n\u00edveis de HDL-c, quando comparado ao grupo de mulheres com defici\u00eancia de vitamina D.<\/p>\n\n\n\n Cauley et al. (2015) conclu\u00edram que as mulheres na menopausa com sufici\u00eancia de vitamina D tinham menos preval\u00eancia de fraturas n\u00e3o traum\u00e1ticas. Nahas-Neto et al. (2018), em um ensaio cl\u00ednico randomizado, duplo-cego e placebo controlado, envolvendo mulheres de 50-65 anos, avaliaram a suplementa\u00e7\u00e3o de vitamina D em marcadores de remodela\u00e7\u00e3o \u00f3ssea. As mulheres que foram suplementadas tiveram redu\u00e7\u00e3o nos marcadores.<\/p>\n\n\n\n